Opinião, Contos & Crônicas |
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por: Daniel Carvalho de Almeida
29/08/2015
Certamente, um dos anéis
mais lindos que já vi;
em sua delicada mão
criou ainda mais brilho e valor
o colar, os brincos
aumentavam sua vivacidade
Impossível não olhar para aquela mulher repleta de riquezas
e seu anel cheio de virtudes
olhar coberto de incertezas
joias cheias de fulgor
Mas quem é o autor de tão formosa construção?
a moça faz parte da obra
o joalheiro a coloca em exposição
e o ourives da forma e desforma a beleza que já existe
O encanto das joias nasce
das rochas tristes
em jazidas que choram
nasce em algum lugar distante,
na África,
em que não há escolas, nem hospitais
onde pobres mineiros
são artistas de vida amarga
que valem menos que suas obras
que não aprenderam a ler,
nem foram lidos por nós!
Tilinta o martelo que fere a rocha...
Tilinta a moeda que fere a dignidade...
O preço do belo custa notas de humanidade
Pagamos tão caro para sermos belos
Pagamos caro para nos tornarmos tão feios
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